ABSTRACT
A aids e o câncer tem incitado atitudes preconceituosas de discriminação e medo, entretanto, o trabalho incessante de pessoas envolvidas com os cuidados, possibilitou um existir mais digno e humano para os indivíduos acometidos por essas doenças. Este estudo tem como objetivo, fazer um levantamento das crenças dos familiares dos portadores de HIV/aids e de câncer, relacionadas à morte e ao atendimento domiciliar. Para tal, foram realizadas entrevistas individuais e semi-estruturadas, com 15 familiares de portadores de HIV e com 10 familiares de portadores de câncer, baseadas nos procedimentos de evocação-enunciação-verificação, para levantar-se as crenças relacionadas à morte e ao atendimento domiciliar. As crenças levantadas neste estudo mostram o despreparo e as dificuldades dos familiares no enfrentamento da morte e no cuidar do doente. Observa-se a necessidade da criação de programas que visariam à orientação e o suporte emocional, tanto do doente quanto do familiar.
Subject(s)
Adult , Middle Aged , Acquired Immunodeficiency Syndrome , Attitude , Caregivers , Neoplasms , PrejudiceABSTRACT
O esforço para conciliar trabalho e subjetividade determina no trabalhador um desgaste que incide sobre sua qualidade de vida. A busca pelo equilíbrio psico-afetivo, dentro deste mundo contraditório repercute na vida cotidiana, criando sistemas auto-agravantes de enfrentamento, que foram estudados com a participação de 16 profissionais de campus da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto. Para isso, foram realizadas entrevistas devolutivas sobre a percepção da qualidade de vida, avaliada pelo WHOQOL-100. Entrevistas semi-estruturadas complementaram a avaliação com elementos sobre significados sobre o trabalho e caracterização do contexto de vida. Estudos realizados sobre a qualificação dos profissionais apresentaram diferenças quanto às formas de enfrentamento e à busca do equilíbrio psico-afetivo, indicando, nos mais qualificados, uma dissociação entre o universo do trabalho e necessidades básicas para qualidade de vida, enquanto que para os menos qualificados o trabalho representou parte indissociável da sobrevivência